Taboão Da Serra

MINISTRO DA DESINCLUSÃO E O DESMONTE DO ENSINO

O governo federal tem trabalhado para o desmonte dos serviços públicos à população, um ponto fundamental do desmonte é a educação.

ícone relógio26/08/2021 às 20:54:48- atualizado em  
MINISTRO DA DESINCLUSÃO E O DESMONTE DO ENSINO

O Brasil está em um estado de letargia social, forte retrocesso no  ponto fundamental para o seu  desenvolvimento humano e  econômico, a educação. Recentemente, o ministro da educação do governo Bolsonaro, Milton Ribeiro,  fez um pronunciamento em rede nacional,  defendendo a volta ás aulas presenciais, parecia  preocupado com a educação no Brasil, mas a prática o desmente. É fato, que desde 2016 as forças políticas que governam o Brasil têm um projeto de desmonte dos serviços públicos à população, desmantelando as universidades, programas de intercâmbios educacionais no exterior, sistemas de avaliações, financiamento dos estudantes e a redução de inscrições no ENEM de 9 milhões para 3,5 milhões de alunos, absurdo inominável, outra  despreocupação é na compra de vacinas para combater a terrível Pandemia do coronávirus que assola o mundo, mas no Brasil, devido a omissão do governo Bolsonaro já morreram mais de meio milhão de brasileiros e brasileiras (577 mil óbitos),  os alunos estão em aulas remotas a quase dois anos, os professores entrando em um mundo desconhecido, tendo suas casas invadidas sem nenhum planejamento pelas atividades diárias de trabalho, mas sem o mínimo de condições materiais concedidas pela Estado para executar a missão de ensinar, e porque não, também aprender. O desgoverno Bolsonaro é tenebroso e corrupto como vem mostrando a CPI da Covid19 instalada no Senado Federal.

Os esclarecimentos anteriores mostram o cinismo do ministro da educação na sua prática política de administração dos recursos da pasta. Reportagem do jornal Folha de São Paulo (25\08\2021 cotidiano, pág B1), demostrou  que o ministro deixou de gastar R$ 220 milhões de reais no Programa” Educação Conectada”, que leva internet às escolas da rede pública brasileira. No Brasil 75% das escolas dispõe da rede de internet, mas insuficiente para atender os alunos no processo de transmissão das aulas. Segundo a reportagem, a média de escolas com banda larga de internet no País chega a 61%, sendo nas áreas urbanas 79% e 31% nas áreas rurais, portanto, motivos há para realizar o investimento.  O Brasil ainda tem 25% de suas escolas públicas sem internet, 21% com internet inadequada e apenas 7% com a rede adequada de velocidade.

O desgoverno Bolsonaro vetou projeto que destinava R$ 3,5 bilhões para a universalização da rede de internet, alegava a falta de fonte de recursos, justificativa falsa. No Brasil existe um fundo chamado FUST,  cobrado sobre as receitas das empresas de telecomunicações, esse fundo arrecadou desde o ano 2000 mais de R$ 22 bilhões de reais.

O Brasil não é pobre e tem recursos para tornar a educação universal e completa para todos, o que falta é aquela frase clichê, ou seja,  a famosa “vontade política”. 

O país passa por um  momento trágico,  pois elegeu um governo sem projeto para a educação, ou qualquer área do interesse público da maioria dos brasileiros.